A história do deus Lugh, o Senhor dos Mil Talentos!

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Infelizmente por conta da tradição oral dos antigos celtas muitas lendas sobre os antigos deuses da Irlanda foram perdidas, mas entre os resquícios das inúmeras histórias das divindades da região ainda temos o relato do deus Lugh e sua influência na antiga religião.

Se você não conhece ou quer aprender mais sobre o deus Lugh e qual sua relação com os outros deuses do panteão celta então continue com a gente no artigo abaixo!

Quem era o deus Lugh e o que representava?

Como dissemos, os antigos celtas não tinham o costume de relatar suas histórias com a escrita, preferindo sempre a tradição oral. Por conta disso foram perdidos muitos relatos da antiga religião. Mas estamos aqui para falar sobre um que não foi perdido, o do deus Lugh.

quem era o deus lugh e o que representava
Fonte/Reprodução: original

O deus Lugh é uma divindade de natureza solar, associado ao sol e a luz. Também é um deus relacionado ao engenho e à arte, por isso mesmo o deus Lugh leva a alcunha de “O senhor dos mil talentos”. Todos eles tem a ver com a maestria que o deus Lugh tem como engenheiro, ferreiro, artífice e guerreiro.

Símbolos associados a Lugh

O deus Lugh é um deus ferreiro e experimentado na criação de objetos e armas. Mas tradicionalmente o deus é visto na simbologia celta carregando dois equipamentos: Uma lança e uma funda. A funda é uma arma feita de pano ou couro utilizada para lançar pedras a uma alta velocidade.

Famosas histórias sobre Lugh?

Vamos conhecer duas aventuras do deus Lugh que explicam bastante sobre a natureza do deus no panteão celta.

O Senhor dos Mil Talentos

Dizem os mitos que o deus Lugh nasceu da raça dos Formorianos, seres malignos feitos de sombra. O deus Lugh nasceu da filha do rei dessa raça que ouviu uma profecia de que seria destronado por seu neto. O rei tentou impedir a gravidez e matar a criança, mas o deus Lugh foi resgatado por uma sacerdotisa e viveu afastado de sua pátria.

Já adulto, o deus Lugh procurou refúgio em outra região que inicialmente não o aceitou. O deus Lugh desejava trabalhar e poder contribuir para o bom andamento daquele reino, mas ao listar todas as suas atividades como ferreiro, guerreiro, artífice, médico, os responsáveis pelo reino sempre assinalavam que havia um membro da sociedade perfeitamente habilitado para executar cada uma daquelas tarefas.

Mas o sábio deus Lugh o questiona: “Mas há alguém capaz de executar todas elas perfeitamente?”. Assim o deus Lugh foi aceito em seu novo lar.

O cumprimento da profecia

Infelizmente para o avô do deus Lugh, rei dos Formorianos, a profecia que ouvira outrora se concretizou. A raça que acolheu o deus Lugh era inimiga mortal dos Formorianos, e o deus Lugh serviu a ela como soldado sendo um terrível combatente no campo de batalha. Em uma dessas guerras o deus Lugh atingiu seu avô com uma pedra lançada de sua funda o matando.

O legado do deus Lugh

O deus Lugh foi um deus bastante importante para os antigos celtas, além de objeto de culto o mesmo era bastante associado a vida social, eventos e lugares. Vamos conhecer alguns.

Festivais

Um festival muito importante aos celtas ancestrais era o lughnasadh, a primeira colheita do ano. O nome da colheita é fortemente associado ao deus Lugh. O deus teria realizado o primeiro lughnasadh em homenagem a sua mãe adotiva.

Lugares

O deus Lugh foi um deus venerado em muitos lugares que hoje é território de países como: França, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, Rússia e Áustria.

Etimologia

A etimologia do deus Lugh está ligada à palavra “luz” ou até mesmo “relâmpago”, ressaltando o caráter solar do deus.

Como Lugh é retratado na arte?

O deus Lugh é frequentemente retratado segurando sua funda de pedras ou com uma lança, portando sempre uma longa cabeleira loira ou branca.

Como é interessante a história do deus Lugh, não? Há inúmeras preciosidades escondidas nas mitologias celtas e que valem a pena ser conhecidas!

1 comentário
  1. […] iniciava o período de chuvas, no equinócio de primavera, os astecas realizavam seu festival anual em tributo ao deus Xipe […]

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