Conheça a história de Confúcio

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Confúcio foi um pensador chinês nascido por volta dos 551 a.C., no qual tinha sua filosofia baseada na empatia e benevolência do ser humano, que influenciaram bastante toda cultura oriental ao longo da história.

Sua importância para a filosofia oriental é análoga à que Sócrates teve para a ocidental, no qual influenciou uma série de pensadores que perpetuaram ideias em cima das suas. Seu nome no original se escreve K’ung Ch’iu ou K’ung Chung-ni, contudo, Confúcio foi a maneira mais fácil de ser compreendida pelos ocidentais.

Quem foi Confúcio?

Confúcio foi um pensador de origem chinesa, que viveu durante os anos de 551 – 479 a.C, cujos seus pensamentos formaram a base de todas as normas comportamentais da população chinesa. Além da China, sua obra afetou também os demais países asiáticos.

O que mais chama atenção na biografia do Confúcio é o fato dele não ter sido um homem nobre, conquistador ou profeta, mas uma pessoa aparentemente comum, que questionava bastante algumas regras impostas na época.

Quem foi Confúcio?
Confucio. Fonte/Reprodução: wikipedia.

Entretanto, Confúcio chamava bastante atenção das pessoas ao seu redor por conta de sua alta inteligência, principalmente por suas ideias expressas de forma bastante claras e inteligentes por meio de suas frases e anedotas.

Confúcio começou a ganhar tanta fama, que muitos políticos da época pediam conselhos dele, em busca de agir de forma mais sábia em seu governo, conseguindo aliar bem os desejos da população com os do próprio governo.

Qual a história de Confúcio?

Confúcio nasceu no Estado de Lu, onde atualmente se situa a província de Shantung, na China, durante o ano de 551 a.C. A linhagem de sua família descendia dos Shag, uma das dinastias mais antigas da China, entretanto, apesar disso, não possuíam muitos recursos materiais.

Confúcio ficou órfão com três anos de idade, e por causa disso, acabou crescendo em um ambiente marcado por muita pobreza, além da falta de mestre que o ensinasse as coisas.

Apesar desses fatores serem bastante negativos, Confúcio não se abalou muito com isso. A falta de mestres fez com que ele desenvolvesse um espírito autodidata, aprendendo a ler, escrever e a arquear totalmente sozinho.

Quando Confúcio completou 19 anos de idade, casou-se e logo após foi escolhido para assumir um cargo administrativo do Estado em que morava. Foi quando ganhou bastante destaque por conta do seu cuidado e eficácia no desempenho da sua função.

Quais as características de Confúcio?

Uma das principais características dos pensamentos de Confúcio é a crença que todo ser humano tem a inteligência capaz de mudar os meios e fins de sua existência ao modificar as condições arbitrárias que apareciam em sua vida.

De acordo com Confúcio, a família é a base social em que todos os indivíduos estão emergidos, no qual a política é uma ampliação disso. Sendo os governantes uma espécie de “pais do povo”, onde os seus súditos seriam uma espécie de filhos que deveriam ser obedientes a eles.

Essas características do pensamento do Confúcio fez com que gerasse todo um sistema ético, moral, religioso, político e de ensino, inspirado nas tradições mais clássicas, ao mesmo tempo que criava outras mais novas.

Qual era a religião de Confúcio?

O Confucionismo, nome dado à corrente de pensamento de Confúcio, diferente do que acredita, não é necessariamente uma religião, mas sim uma doutrina filosófica, no qual serve como guia a ser seguido por todos os indivíduos que o seguem.

Dentro da linha de pensamento do Confúcio, não existe uma figura de deus que criou tudo, nem um templo formado por sacerdotes. O mais próximo de alicerce religioso que sua doutrina possui é o alcance do Tao, que seria a denominação dada ao conceito místico que traria harmonia plena ao mundo.

O que Confúcio defendia?

A filosofia de Confúcio procurava entender vários aspectos da vida humana, no qual compreendia desde a ética, religião, artes e até a política.

Ele via que os estudos eram o melhor meio do ser humano entender esses aspectos, além de ser uma ótima ferramenta de ascensão social, pois via que a sabedoria faria com que os indivíduos se unissem e confrontarem os dominantes do poder.

Dentro do aspecto da ética, os ensinamentos de Confúcio procuravam fazer com que os seus estudantes vissem o esforço pessoal como a melhor ferramenta de evolução, no qual poderia fazer com que a sociedade pudesse chegar em uma harmonia estável.

Dentro disso, ele acreditava que os seres humanos tivessem cinco virtudes principais:

  • Jen: A humanidade, empatia, altruísmo e o amor ao próximo;
  • Yi: A justiça mediada pelo sentimento do amor;
  • Li: Normas adequadas ao comportamento do indivíduo, de forma polida e harmônica;
  • Chih: Sabedoria e discernimento para ter boas atitudes;
  • Ch’i – sinceridade espontânea.

Dentro do aspecto político, Confúcio possuía uma posição bastante conservadora e pregava um retorno aos ideais da primeira dinastia Chou, em que a organização familiar dava a base para a política governamental.

Ele defendia que o governante, por meio do esforço contínuo, deveria alcançar a paz e a prosperidade. Caso ele não conseguisse obter isso, tinha que ser substituído por um outro, nem que precisasse ser utilizado o uso da força.

Quais os pensamentos de Confúcio?

Os pensamentos de Confúcio se baseiam na criação de um organograma social que busca o bem-estar mútuo para todos os cidadãos.

Para que isso possa ocorrer, os indivíduos deveriam seguir cinco virtudes básicas: amor ao próximo, busca por justiça, não ter comportamentos hipócritas, cultivar o conhecimento contínuo e seguir a consciência das vontades dos ancestrais.

Ele entendia que a família era o ponto principal de uma sociedade. Haja vista que é por meio do ambiente familiar que os cidadãos aprendem o que é amor, como amar, além de criar seus princípios éticos.

Confúcio defendia a ideia de que tínhamos de deixar um pouco de lado muitas das questões espirituais e sobrenaturais, pois o foco principal deveria ser nas questões mundanas, pois este mundo é a única coisa que temos total noção do que existe.

Por fim, Confúcio defendia uma total manutenção das tradições clássicas da China, contudo, não possuía uma abordagem muito conservadora ou reacionária, mas sim uma que visava pegar o melhor do que os antepassados criaram e adaptar aos tempos contemporâneos.

Ao decorrer do texto ficou bastante perceptível o quanto Confúcio era um homem totalmente fora da curva, no qual foi capaz de influenciar por milênios uma geração de pensadores. Muito da ideia que temos sobre honra, patriotismo e disciplina oriental foi derivada dos pensamentos do filósofo Chinês.

Sua abordagem filosófica lembra bastante um outro renomado filósofo ocidental, Sócrates. Focado no ensinamento oral e mobilizando inúmeros indivíduos, ambos os pensadores acabaram sendo uma das principais “bússolas morais” de seus respectivos povos.

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