Deus Osíris: história, poderes e influência no panteão egipcio
A mitologia egípcia é uma das mitologias que fascina o imaginário popular e, dentro dela, o Deus Osíris ocupa um papel de destaque.
Sendo o Deus Osíris o responsável por julgar os mortos, pelas plantações e pela vegetação, é natural que ele ocupe um lugar de destaque dentro dos cultos desta antiga religião.
Contudo, você conhece a história dele? Sabe por que ele é considerado o Deus do renascimento? Vejamos mais sobre o Deus Osíris a seguir.
A história do Deus Osíris
Segundo as lendas, o Deus Osíris é filho de Geb e Nut, deuses da luz e da noite, respectivamente. Nasceu em Tebas, no Alto Egito, e, originalmente, era retratado como Deus da vegetação e da agricultura. Com o passar do tempo, no entanto, os mitos do Deus Osíris mudaram e ele passou a ser representado como um lendário faraó, que teria governado o Egito em um passado muito distante.
Apesar de nos mitos ele ter nascido em Tebas, acredita-se que a origem das lendas desse Deus seja a região de Busíris.
Ainda segundo as lendas, o Deus Osíris casou-se com Ísis, deusa da fertilidade, que representa o Sagrado Feminino, e governou o Egito por muitos anos. Conta-se que ele encontrou o Egito afundado em decadência e o tornou uma potência ao ensinar aos mortais as leis, os segredos da forja e da agricultura e os demais pilares da civilização.
Simbologia
Osíris, dentro da mitologia egípcia, é a principal representação do Sagrado Masculino, do poder e da virilidade. Ele complementa Ísis, que representa o Sagrado Feminino, e, juntos, eles formavam a principal representação dessa dualidade. É sabido que o culto do Deus Osíris, ao passar dos anos, adquiriu aspectos solares, vindos da antiga religião solar egípcia, o que reforça, ainda mais, esse aspecto dual e complementar (uma vez que Ísis é considerada a deusa da Lua).
Além de ser a representação do Sagrado Masculino, Osíris também é o Deus do renascimento. Antes de sua morte, ele era o deus da agricultura e da vegetação e, no Egito Antigo, a agricultura era essencialmente a vida do povo.
O Egito é um lugar árido, onde é difícil sobreviver, e se uma colheita não fosse bem, isso poderia significar um desastre sem tamanho. Por isso, nesse aspecto, aparentemente, mais “inocente”, Osíris detinha o poder sobre a vida e a morte da população.
Esse aspecto de vida e morte é ainda mais reforçado após a morte de Osíris. Ele é revivido, e, agora, além de dominar a vegetação, ele é o juiz dos mortos e decide para onde um morto irá no seu pós-vida.
Osíris, talvez, seja um dos primeiros casos mitológicos de um inocente, sofrendo dores e injustiças que não merecia, usando isso para poder proporcionar felicidade e fartura aos seus seguidores. Esse mesmo arquétipo pode ser observado no mito de Prometeu e na história de Jesus Cristo. No caso de Osíris, ele morreu, reviveu e, então, tornou-se o juiz dos mortos, ganhando o poder de dar a felicidade eterna no paraíso àqueles que fossem justos.
Representação do Deus Osíris
O Deus Osíris é representado, comumente, como um homem de pele esverdeada ou negra em roupas brancas, utilizando uma mitra branca e empunhando, em uma mão, um cajado e, na outra, um açoite. Em seu rosto, é comum ver uma espécie de barba postiça e sua mitra pode ser adornada com penas, uma serpente ou chifres.
A pele esverdeada ou negra, além de retratar Osíris revivido como “morto-vivo”, representa também a fertilidade e o renascimento. As roupas brancas, bem como a mitra, eram roupas típicas daqueles que eram mumificados. A serpente na mitra poderia representar a sabedoria e a astúcia; as penas, a majestade, e os chifres, a potência e a virilidade.
O açoite e o cajado, por sua vez, representavam a dualidade entre ser condenado e ser guiado ao paraíso. Misericórdia e punição.
A morte do Deus Osíris
Como mencionado anteriormente no texto, nos mitos, Deus Osíris é morto. Essa morte acontece nas mãos de seu irmão, Set, que almejava, para si, o trono do Egito.
Set, com o auxílio de conspiradores, consegue trancar seu irmão em um sarcófago e, posteriormente, o despedaça.
Arrasada com o ocorrido, Ísis, a esposa de Osíris, reúne os pedaços do seu amado e com o auxílio de sua irmã e de Anúbis, o revive. Ísis se une sexualmente a seu parceiro, agora, revivido e desta união nasceu Hórus, que viria a matar seu tio e governar o Egito. Com isso, Osíris vai para o submundo, onde se torna o juiz dos mortos.
A vingança de Hórus
Hórus é o filho de Ísis e Osíris e é o Deus dos vivos e dos céus. Quando adulto, foi atrás de seu tio Set para matá-lo, como forma de vingar seu pai e de se estabelecer como rei do Egito.
Na batalha contra Set, Hórus foi ferido em um de seus olhos, que representavam o Sol e a Lua. O olho ferido foi o da Lua, que foi substituído por um amuleto, o famigerado Olho de Hórus.
Por fim, a disputa foi resolvida em uma corrida de barcos, na qual Hórus venceu e foi coroado como verdadeiro rei do Egito, enquanto Set, por sua vez, ficou como rei dos desertos e oásis.
O culto ao Deus Osíris
O culto a Osíris era feito, tradicionalmente, por meio de preces e oferendas em templos oferecidos a ele. Por ser um dos principais deuses, seus templos eram construídos por todo o Egito. Ele era um dos deuses que possuía mais devotos.
Havia, ainda, uma antiga tradição na qual se fazia uma efígie de Osíris de trigo e água e plantavam-se sementes nela, enterrando-a nas plantações depois disso. Dessa forma, as plantações seriam prósperas, pois Osíris “reviveria” naquele local e, por consequência, as plantas também.
Como Deus do renascimento, Osíris foi de grande importância para a cultura e para a existência do Egito. Era nele que aquele povo, que subsistia em um deserto quente e inóspito, encontrava a fé para prosseguir dia após dia. Há muito o que aprender com Osíris e sua história e, mesmo que para nós isso seja apenas uma história mitológica, é preciso ter respeito e admiração.
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