Quem foi Ptah e qual a sua importância?

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O deus Ptah era um dos vários deuses em que os egípcios acreditavam e cultuavam. Neste texto iremos falar mais sobre este deus do Egito.

Considerado o deus criador de todas as coisas, Ptah protegia principalmente os artistas (escultores ou pintores dos hieróglifos) e escribas, mas também levava os mortos para a vida após a morte, em um barco construído por ele mesmo. Para saber mais sobre esses e outros detalhes do deus Ptah, siga com a leitura.

Qual a história de Ptah?

Ptah é um dos diversos deuses que compreendem a religião politeísta do Egito Antigo; apenas para citar alguns exemplos, também havia Anúbis, Toth, Ísis e Osíris, que faziam parte do famoso tribunal de Osíris.

Qual a história de Ptah?
História. Fonte/Reprodução: original.

O deus Ptah, no entanto, não fazia parte do tribunal de Osíris porque atendia outra finalidade: era patrono de todos aqueles que trabalhavam com as mãos (artistas, escultores e escribas), e era responsável por ter criado o mundo, as pessoas, e os kas (espíritos das outras entidades divinas egípcias).

Além disso, Ptah pertencia a uma espécie de tríade egípcia, junto a Sekhmet (deusa com cabeça de leoa, responsável por castigar a humanidade) e Nefertem (às vezes um jovem com cabeça de leão, outras um jovem dentro de uma flor desabrochando).

O que significa Ptah?

De acordo com a mitologia, “Ptah” significa “criador”. Ptah era o deus mais poderoso, o criador de todos os deuses, da humanidade, e de tudo o que existia. Portanto, seu nome simbolizava o seu real propósito: o de ser um deus criador.

Ptah: por que a cidade de Mênfis é importante?

Por Ptah ser considerado o criador de tudo, a cidade de Mênfis — uma cidade reconhecida pela sua arte — cultuava o deus, afinal, ele era o patrono também dos artesãos! A cidade ficou popularmente conhecida como Het-ka-Ptah (casa da alma de Ptah).

Isto considerou a cidade uma das capitais mais importantes do período, e uma referência na produção de artes egípcias da época.

Com quem Ptah era casado?

Ptah havia se casado com Bastet, a deusa da fertilidade, danças e amor, a qual era representada com cabeça de gato, e Sekhmet conhecida como a deusa da guerra. A imagem desta deusa era representada com cabeça de leoa.

Quais foram os filhos?

Com Bastet, Ptah foi pai de Mihos (deus-leão), e com Sekhmet deu origem a Nefertem, e juntamente a Ptah faziam a tríade da cidade de Mênfis.

Mihos, o deus-leão, além de ser associado à guerra e ao verão, também era cultuado por representar a proteção às famílias cuja linhagem da mãe é a mais importante, e a única levada em consideração. Muitas vezes, Mihos era referido apenas como “O senhor do massacre” em vez de seu próprio nome.

Já Nefertem, cujo nome significava “perfeição absoluta” para alguns autores, e há relatos que dizem, que suas lágrimas o tornavam capaz de dar origem à humanidade. Também representava o sol, sendo muitas vezes referido como “filho do Sol”.

Conforme a localização do Egito Antigo estamos falando (Alto Egito ou Baixo Egito), Mihos e Nefertem poderiam ser o mesmo deus, e suas mães poderiam ser a mesma deusa. Ptah, também, era fundido com Rá (cabeça de ave de rapina; enquanto os faraós seriam a sua encarnação).

Quais as características de Ptah?

As características que definem a aparência de Ptah variam conforme a região do Egito e o período da história egípcia em que nos encontramos.

Em alguns momentos, é possível definir Ptah e Osíris (deus da morte) como a mesma entidade; enquanto, em outros, ele poderia ser Sokar. Em um terceiro momento, esses três deuses se cruzam e se tornam uma só entidade divina e formam: a criação, a vida após a morte, e o equilíbrio.

Como era representado?

Na escrita, Ptah é representado através de um hieróglifo (“desenhos” egípcios referentes à escrita dessa sociedade) que também representava a deusa da verdade, Ma’at, por vezes com uma caveira na mão, por outras uma múmia de mãos livres. Alguns outros registros escritos o representam como um anão, de rosto formoso e pernas tortas.

Além disso, por ser o criador de todas as coisas, e patrono dos artesãos, Ptah era o deus que havia construído os barcos em que as almas dos mortos eram transportadas para a outra vida.

Quais os poderes de Ptah?

Ptah era o deus mais importante de todos os deuses, foi ele quem criou toda a humanidade, todas as coisas, e principalmente o espírito dos outros deuses! Era ligado à passagem dos mortos para a vida após a morte, e houve um período em que formou um único deus com Sokar e Osíris: Ptah-Sokar-Osíris.

Nesta junção, Ptah passa a ter, também, o poder desses outros dois deuses: o poder de julgar se os mortos poderiam passar para a vida eterna (Osíris) e responsável por ungir os mortos e fazer bacias de prata para os mortos lavarem seus pés (Sokar).

Qual foi a importância de Ptah na história do Egito?

Principalmente após se fundir com Osíris em algum ponto da história egípcia, Ptah foi importante principalmente para a elaboração da cultura da mumificação e, por consequência, da construção das pirâmides.

Quando Ptah é associado como um dos responsáveis por julgar a passagem dos mortos (mumificados) na vida após a morte, em um tribunal, ele acaba por incentivar a prática da mumificação. Os egípcios do Antigo Egito acreditavam que o corpo dos mortos precisava ser conservado para chegar ao tribunal “inteiro”.

Se o mumificado for um faraó, por exemplo, então é necessário que seja construída uma pirâmide a partir do seu primeiro dia de reinado para, quando ele morrer e for mumificado, poder ter onde descansar o corpo antes de passar pelo Tribunal de Osíris.

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