Quem foi Bastet?
A mitologia egípcia é conhecida até hoje por abrigar muitos deuses, dentre os quais a deusa Bastet recebe um grande destaque. Ainda que seu nome não seja muito difundido, a sua imagem com certeza é. Basta olhar para os souvenirs, estampas e obras de arte que retratam a divindade que possui forma de gata.
Obviamente, a deusa Bastet possui mais representações além da mais conhecida de todas, já que possui domínio sobre diversos elementos da natureza e aspectos da vida dos egípcios antigos.
Quem foi Bastet?
De acordo com a tradição da cultura egípcia, a deusa Bastet era uma divindade que representava aspectos essenciais do feminino, como a fertilidade e a maternidade. Ela também protegia as músicas, a dança, o amor e os lares.
Qual a origem de Bastet?
As origens de Bastet remontam desde as épocas mais antigas do Egito, com as primeiras aparições na segunda dinastia. Mas a importância da deusa não ficou apenas nas eras antigas, pois ela assumiu várias formas e funções ao longo de milênios.
Muito antes de ser considerada uma deusa protetora da vida doméstica, Bastet era uma representação sagrada da guerra, com o propósito específico de guardar a vida do rei durante as batalhas. Outro aspecto da origem de Bastet foi a função assumida de protetora do lar, que começou a partir de 1.000 a.C.
Mesmo em épocas posteriores, quando o Egito fora dominado pelos macedônios, a deusa-gata não perdeu o seu posto, pois os gregos e macedônios a associavam com a deusa Artêmis, já que Bastet também era a deusa da lua. A prova disso são os achados arqueológicos que mostraram cemitérios de gatos dessa época.
Ademais, no campo da mitologia, essa deusa era filha de Rá e esposa de Anúbis, o que significava que ela tinha laços familiares tanto com o sol quanto com o mundo dos mortos.
Quais as suas representações?
A representação mais famosa da deusa Bastet é sua forma plena de gata ou na forma antropozoomórfica de uma mulher com cabeça felina. Mas no começo, na época da segunda dinastia, a deusa era representada como uma leoa feroz, o que a fazia ser confundida com outra deusa: Sekhmet.
Como a deusa também representa a fertilidade, nas ocasiões em que os egípcios desejavam enfatizar esse aspecto, eles a retratavam como uma gata acompanhada de uma ninhada de filhotes.
Qual a história de Bastet?
Como filha de Rá, a história da deusa Bastet começa ao enfatizar seu aspecto feroz, por isso era representada como uma leoa. Além de ser considerada uma guardiã do povo, essa deusa também era tida como protetora de seu próprio pai, Rá.
Segundo a tradição, Bastet saía com Rá, o deus criador, durante a noite para travar batalha contra Apophis, com objetivo de proteger o sol. Vale lembrar que o deus Rá era representado como o sol.
Quais os poderes de Bastet?
Por ser uma divindade considerada tanto uma guardiã dos homens quanto uma protetora da fertilidade e do amor, Bastet possuía muitos poderes, especialmente sobre os eclipses solares.
A representação como leoa, uma criatura ferina, refletia os primeiros poderes de Bastet na mitologia. Mas, conforme o gato se tornou um bicho doméstico no Egito, a deusa adquiriu poderes e representações mais pacíficas, como a fertilidade e o amor, além da proteção dos lares.
Como Bastet era vista?
A visão que os egípcios tinham de Bastet evoluiu ao longo da história, mas a deusa nunca perdeu seus simbolismos, apenas adquiriu novos. Antes era vista como uma leoa, protetora de Rá e dos homens. Essa visão continuou e foi somada à percepção de suas características femininas, como a fertilidade e a maternidade, retratada nos próprios filhos de Bastet.
Como eram os santuários de Bastet?
Dos santuários de Bastet, destaca-se o templo de Bubastis, que se localizava na zona do Delta. Nos cultos feitos em homenagem à deusa, eram comuns os rituais que incluíam orgias e procissões feitas através de barcos cheios de flores.
Outro aspecto da religião, no que dizia respeito à deusa Bastet, era o próprio processo de mumificação, que era feito com gatos que lhe serviam de oferenda. Após mumificar os gatos, os bichos eram queimados nos santuários dedicados à deusa. Além disso, era comum ter muitos gatos que perambulavam nas dependências dos templos, já que eram vistos como representações ou até formas encarnadas de Bastet.
A mitologia egípcia remonta milênios atrás, mas sua riqueza é tamanha que até hoje nos desperta o interesse. Parte de um grupo seleto de deuses, a divindade conhecida como Bastet é representada até os dias de hoje, mesmo que não seja mais em um ambiente religioso.
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