Saiba quem é deus Hélio: divindade do sol

A mitologia grega é uma das formas mais extensas de religião e cultura, no sentido de que é recheada de personagens, dos quais o deus Hélio faz parte. Assim como muitas civilizações antigas, a grega cultuava deuses que representavam fenômenos e elementos naturais.

Alguns deuses primordiais, em várias culturas, tinham o papel de interferir na natureza em favor dos humanos. Por isso, com o passar dos anos, as civilizações antigas recorriam ao favor dos deuses para controlar os fenômenos naturais, como as secas, as cheias dos rios, entre outros. Hélio entra justamente nessa categoria.

Conheça a seguir como Hélio surgiu no cenário mitológico grego, porque era tido como uma divindade digna de culto e seu papel em culturas diferentes da grega. Veja também como o seu nome perdurou até à época medieval e suas aparições na cultura pop até os dias atuais.

Surgimento de Hélio

A mitologia grega contém centenas de personagens, dentre deuses, semideuses, heróis e humanos.

Os deuses passaram por gerações até chegar aos famosos deuses do Olimpo, como Zeus e Poseidon, por exemplo. Mas Hélio, apesar de ser mais antigo, teve um papel tão importante que influencia a cultura do mundo inteiro até os dias de hoje.

De acordo com a ordem cronológica da mitologia, primeiro surgiram os deuses primordiais, como Gaia ou Caos. Em seguida vieram os titãs, como é o caso de Cronos e do próprio Hipérion. Da união dos titãs e das titânides nasceram outros deuses, e dessa geração surgiu Hélio.

O papel de Hélio na mitologia

Hélio é importante porque representava o sol na mitologia e nos cultos relacionados. Ele é retratado como um homem jovem, que possui uma auréola feita de raios dourados. Seu papel é conduzir o sol através do céu em uma carruagem.

O culto à natureza na religião

A mitologia grega era apenas mais um exemplo de religião politeísta antiga, onde cada deus representava um elemento, sentimento ou princípio. Antes de surgir a ciência, os humanos cultuavam os deuses com intuito de receber o seu favor. A atividade de culto era essencial, principalmente porque as civilizações antigas prosperaram através do cultivo da terra.

Os deuses do sol, da água, da fertilidade, entre outros, eram tidos como a razão por trás do crescimento das cidades antigas.

O deus sol em outras culturas

Visto que o culto ao sol era importante para diversas civilizações antigas, é possível citar ao menos duas culturas.

O primeiro exemplo é o deus Rá, do Egito Antigo, que também era associado ao sol. No Japão, por sua vez, o sol era representado por uma deusa, Amaterasu.

Inclusive, dizem até os dias de hoje que os imperadores do Japão são descendentes de Amaterasu.

Sincretismo

Estudiosos da História, Religião, Antropologia, entre outras ciências afins, ensinam que o sincretismo é uma mistura de religiões e culturas. É possível identificar o sincretismo em relação ao deus Hélio no Egito.

Ao norte do Egito havia a cidade de Lunu, uma região conhecida por cultuar Rá, o deus sol. Mas, com a chegada dos gregos ao Egito, a cidade ganhou o nome de Heliópolis. Apesar do culto ao sol continuar, o nome da cidade mudou para acomodar a visão grega do deus Hélio.

Influência de Hélio na astronomia medieval

Na era medieval, Galileu Galilei defendeu a teoria de que o sol estava no centro do Universo conhecido à época. Até então, acreditava-se que a Terra estava no centro. Portanto, as ideias de Galileu, que chamou sua teoria de heliocentrismo, com base na antiga cultura grega e no deus Hélio, eram extremamente radicais.

Aparições de Hélio na cultura atual

Ainda que o culto ao deus Hélio não exista mais, o seu nome ainda perdura na cultura atual, especialmente no entretenimento e na cultura pop.

Na famosa franquia de jogos God of War, o deus Hélio aparece como Hélios. No jogo God of War: Correntes do Olimpo, ele aparece como um dos grandes protagonistas e ajuda Kratos em sua luta. Já em God War III, ele é um antagonista a ser vencido.

Certamente que os deuses, representações tão antigas que existem por milênios na cultura humana, não perderam o seu poder. Mesmo que não sejam mais reconhecidos como as causas dos fenômenos naturais, o fascínio pelo divino continua, e a cultura atual mostra isso, pois não deixou de reproduzir suas imagens e narrativas até